Grupo 2

“Primeiro você coloca as pessoas certas no ônibus, depois você encontra os assentos certos para elas” – Jim Collins

A tradução livre para “feedback” é “opinião”, mas a verdade é que significa mais do que isso. Feedback nada mais é do que aquilo que costumávamos chamar de opinião construtiva.

Para ser mais preciso, feedback é como uma resposta sobre algo que você faz ou fez. É uma avaliação, uma resposta ou uma reação sobre suas ações, desempenhos, atividades ou comportamento.

Antes de mergulharmos no tema, vou fazer uma ressalva importante sobre a diferença entre feedback construtivo e destrutivo. Eles até podem parecer semelhantes em algum momento, mas suas abordagens e impactos são bem distintos.

Por exemplo, a crítica construtiva vem com pontos específicos e sugestões para melhorar, enquanto a destrutiva tende a ser negativa, ofensiva e sem soluções.

Por isso, por mais que seja importante, nem sempre é fácil dar, muito menos receber feedbacks. Recentemente, no México, em uma das minhas palestras, a organização me falou sobre a necessidade de tocar nesse assunto. E olha, a equipe adorou eu ter feito essa abordagem com base no método Rocket Mentoring School.

Quer saber mais sobre como se tornar um Mentor e dar Feedbacks poderosos? Vem aqui neste link que te conto como!

Por essa razão, eu decidi abordar nesta edição qual a melhor maneira de oferecer feedbacks e como extrair o melhor na hora de receber.

Então, para começar, como dar feedback sem ser grosso?

“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre em tudo o que diz.” –  Aristóteles

Aristóteles quer dizer que uma pessoa inteligente pensa antes de falar. Ela não fala tudo o que vem à mente, mas escolhe com cuidado o que vai dizer.

Antes de falar, ela considera como suas palavras podem afetar outras pessoas e se são, realmente, necessárias na situação. Isso mostra que para ser uma pessoa sábia não basta só pensar muito, mas também ponderar quando e como se expressar da melhor maneira possível.

Às vezes, alguns profissionais têm medo de dar feedbacks porque não querem magoar os sentimentos da outra pessoa. Isso pode levar a um feedback vago ou suavizado, que não é tão útil quanto poderia ser.

Outras vezes, em algumas situações, quem dá o feedback pode ter um interesse pessoal na situação, o que também pode afetar a objetividade. Mas, o mais comum hoje é que nem todo mundo é bom em expressar suas ideias de maneira clara e construtiva.

Dar um bom feedback requer algumas habilidades de comunicação, incluindo a capacidade de ser direto e específico sem ser rude ou insensível.

Esse é o ponto chave do artigo desta edição.

Ser rude, mesmo que sem a intenção, pode simplesmente ocasionar péssimas reações de quem recebe. As pessoas que recebem a crítica tendem a ficar na defensiva ou se sentirem atacadas.

Isso é um problema porque dificulta ainda mais o processo, tanto para o desenvolvimento de quem recebe, quanto da pessoa que dá o feedback, que pode se sentir desconfortável e acuada para continuar.

Como fazer então?

Aqui vai uma ilustração simples de como fazer da melhor maneira:

Criador do diagrama desconhecido

Dar feedback sem parecer grosseiro é uma habilidade importante que pode ser desenvolvida com prática. Eu posso te ajudar com isso.

A primeira forma é por meio de treinamentos de Team Building, que a Enora faz, tanto presencial quanto online. Caso você queira levar para sua empresa, fala com um dos especialistas e vamos pra cima.

Mas caso você queira aprender por aqui, separei algumas dicas simples que podem ser uma mão na roda para melhorar as habilidades de comunicação na hora de dar um feedback. Vamos lá?

1. Seja específico e objetivo

Em vez de críticas vagas, dê exemplos concretos do comportamento ou desempenho que você está abordando. Isso ajuda a pessoa a entender exatamente onde ela pode melhorar.

2. Use uma abordagem construtiva

Foque no comportamento ou desempenho, não na pessoa. Evite críticas pessoais e concentre-se em comportamentos observáveis e seus impactos.

3. Equilibre positividade e crítica

Reconheça as coisas que a pessoa está fazendo bem antes de abordar os pontos que precisam de ajustes.

4. Use linguagem não acusatória

Evite que o feedback pareça um ataque pessoal. Concentre-se em soluções e maneiras de melhorar, em vez de apontar falhas.

5. Pratique a empatia

Se coloque no lugar da pessoa que está recebendo o feedback. Pense em como você gostaria de ser abordado em uma situação semelhante.

6. Experimente exercícios de role-playing com um colega ou mentor

Pratique diferentes cenários de feedback. Isso pode ajudá-lo a se sentir mais confiante ao fornecer feedback na vida real.

7. Solicite feedback sobre você

Saiba qual seu próprio estilo de comunicação para identificar áreas de melhoria. Esteja aberto a críticas construtivas e use elas como oportunidades de aprendizado.

Lembrando sempre que o objetivo do feedback é promover o crescimento e desenvolvimento, tanto para você, quanto para a pessoa que está recebendo.

Mas… e receber feedbacks?

Sinto te dizer, mas você não é perfeito

Você já sabe disso, mas não é tão confortável ouvir essa afirmação, certo?

Lidar com críticas não é nada fácil, é bem desafiador para falar a verdade. Mas é super importante cada um de nós desenvolvermos potencial para recebê-las, porque são elas que ajudam a aprender e crescer.

E digo mais, receber feedback ajuda a aumentar sua autoconsciência. Não tem nada mais valioso do que ter uma compreensão clara de si mesmo, suas ações e comportamento.

Vai por mim, quando você se dá conta daquilo que está sendo percebido pelos outros, é mais fácil ajustar.

Essa comunicação fortalece muito uma equipe, traz confiança e abertura para que, de uma próxima vez, você possa fazer isso a outra pessoa, se necessário.

Bom, mas preparei uma lista também com dicas simples para exercitar o recebimento de feedbacks.

Vamos lá:

1. Identifique padrões.

Se você receber feedback semelhante de várias pessoas ou em várias ocasiões, pode ser um sinal de que você precisa dar atenção a uma área específica.

2. Tenha e mantenha uma mente aberta.

Não leve para o pessoal. Nem tudo é sobre você ou sobre a outra pessoa. Esteja disposto a ouvir e considerar o feedback, mesmo que seja difícil de ouvir.

Às vezes tendemos a achar que a outra pessoa está pessoalmente nos atacando, mas em um contexto profissional, geralmente a crítica construtiva é baseada em funções e atribuições.

3. Evite reações defensivas.

Esse é um dos pontos mais importantes, porque receber um feedback pode simplesmente ativar em nós uma postura defensiva

Em vez de se justificar ou fazer desculpas, tente ouvir atentamente o feedback e entender o ponto de vista da pessoa que o está fornecendo.

4. Se for necessário, peça que a pessoa seja mais clara

Se você não entender completamente o feedback ou precisar de mais informações, é essencial que você peça esclarecimentos à pessoa que o está dando. Só assim você vai entender melhor o ponto para que possa melhorar.

Mas lembre-se, isso é diferente de contestar. Não refute o feedback, apenas faça –  se necessário –, perguntas sobre como você pode melhorar.

5. Agradeça pelo feedback

Reconheça o tempo e o esforço que a pessoa investiu em fornecer feedback e expresse gratidão por isso. É importante que você reserve um tempo para refletir sobre ele e considerar como você pode aplicá-lo para melhorar, também.

Aliás, o feedback é uma oportunidade de crescimento, que faz parte do processo de desenvolvimento não uma crítica pessoal.

“Não aceite crítica construtiva de quem nunca construiu nada” – autor desconhecido

Será que podemos levar essa famosa frase ao pé da letra?

Se uma pessoa nunca construiu, nem viveu uma experiência similar, como ela pode entender todos os desafios e nuances envolvidas em uma situação específica para dar pitaco?

Esse é um ponto importante e que merece ser levado em conta.

Claro que é bom considerar a fonte do feedback e se a pessoa que está dando tem experiência e conhecimento necessário para estar dando. Não dá para negar, que quando a pessoa tem propriedade no assunto, é mais seguro e até mais confortável receber o conselho.

Mas, isso não significa que devemos ignorar completamente o feedback de pessoas menos experientes, tá?

Inclusive, na Enora, temos um Programa de Formação para Novos Líderes.

Às vezes, até quem está observando de longe pode ter uma visão ampla e assertiva sobre determinada situação, função ou comportamento. Eu sei que não é confortável ler isso, mas eles podem perceber aspectos que nós mesmos não estamos considerando. Já pensou nisso?

Por isso, mais uma vez, a chave é: equilíbrio.

Conclusão…

Devemos ser seletivos em relação às fontes de feedback, e priorizar aquelas com experiência e conhecimento relevantes. Ao mesmo tempo, devemos estar abertos a ouvir diferentes perspectivas e considerar cuidadosamente o feedback que recebemos, independentemente de quem está nos dando.

O objetivo é aprender e crescer com as informações que nos são fornecidas, para que possamos nos tornar melhores em nossas atividades e alcançar nossos objetivos.

Ah, e depois de tudo isso, me conta:

você já recebeu uma crítica destrutiva disfarçada de feedback?

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